De Dublin Portugal trouxe um ponto e é também um ponto, um ponto apenas, que precisa para marcar presença directa no Mundial do Qatar. O dia D, por decisivo, será no domingo, no Estádio da Luz, com a Sérvia, com quem a equipa portuguesa partilha a liderança do Grupo (17 pontos), mas com vantagem na diferença de golos. O Qatar está já ali ao virar da esquina.

Para o jogo com a República da Irlanda, que já estava desenganada em relação a qualquer possibilidade de qualificação, havia seis jogadores em risco de exclusão. Fernando Santos lançou Palhinha, preservou João Cancelo, Rúben Dias e Diogo Jota e teve de recorrer na segunda parte a José Fonte e a Renato Sanches. Todos eles terminaram o jogo com a folha limpa, mas acabaria por ser Pepe o improvável excluído do importantíssimo jogo com a Sérvia, por força de um duplo amarelo que na parte final do jogo (82’) o expulsou de campo, ele que subiu à liderança do pódio como o jogador mais velho de sempre a representar Portugal (38 anos, 8 meses e 16 dias), destronando Vítor Damas.

O jogo foi complicado, porque a República da Irlanda é intensa, pressionante e defende bem. André Silva viu o guarda-redes Bazunu negar-lhe o golo aos 13’, Cristiano Ronaldo foi abalroado aos 26’ mas o lance seguiu sem intervenção do árbitro e para obrigar Rui Patrício a opor-se com distinção a remate de Robinson, e já na segunda parte o capitão português viu o seu cabeceamento rasar o poste (67’). Os remates foram repartidos (12 para Portugal, 11 para a Irlanda), as oportunidades também. No final, a felicidade total, em forma de golo emocional, foi da menina que se abraçou a Cristiano Ronaldo e que viu o capitão português oferecer-lhe a camisola de jogo.

Portugal entrou em Dublin com a necessidade de somar pelo menos dois pontos nos dois últimos jogos desta fase de qualificação e um deles já está. Falta o outro, que está marcado para domingo.