Portugal mantém o pleno de vitórias na Liga das Nações. A primeira deslocação desta edição foi a Varsóvia, onde a equipa portuguesa vestiu o traje de gala, aliando competência e segurança a momentos de espectacularidade, que resultaram num triunfo confortável diante da Polónia, por 3-1, com golos de Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo e um autogolo de Bednarek.

Dominador, apesar de os visitados até terem entrado melhor no jogo, Portugal divertiu e divertiu-se na primeira parte, apresentando um colectivo sólido e pressionante, com várias oportunidades criadas e desperdiçadas, forçando o adversário a grande desgaste e ao guarda-redes a exibir-se a grande altura pelo menos em quatro momentos (dois na primeira e outros tantos na segunda parte).

Mas Skorupski não contava com aquele remate de primeira do sobredotado Bernardo Silva aos 26’, depois de uma abertura fantástica de Rúben Neves e de uma não menos fantástica assistência de Bruno Fernandes, de cabeça e de costas para a baliza. E também nada pôde fazer quando, 11 minutos depois, viu Rafael Leão arrancar do meio-campo a grande velocidade, a passar por um, dois, três adversários, a entrar na área, a rematar ao poste esquerdo e a bola a ser aproveitada por Cristiano Ronaldo para a recarga vitoriosa. Era o segundo golo de Portugal, o 133º do capitão, ele que (aos 11’) já tinha visto a trave negar-lhe a celebração bem mais cedo.

O meio-campo de Portugal dava cartas e distribuía o jogo a seu bel-prazer, Pedro Neto provocava o pânico sempre que arrancava com a bola, o mesmo acontecendo do lado oposto com Rafael Leão e Nuno Mendes, faltando apenas um pouco de acerto no momento da definição, caso contrário os números teriam sido bem mais elevados.

A segunda parte não foi tão exuberante apesar das oportunidades criadas, a Polónia reduziu aos 78’ por Zielinski, depois de um ressalto, mas o jogo cairia definitivamente para Portugal com o autogolo de Bednarek, que, ao impedir que o cruzamento de Nuno Mendes chegasse a Diogo Jota, introduziu a bola na sua própria baliza.

Uma bela exibição de Portugal num dia que ficará para sempre na memória de dois estreantes: Renato Veiga, titular no centro da defesa, e Samú Costa, lançado nos descontos.

A selecção nacional é a única que soma apenas vitórias nesta Liga das Nações (9 pontos em 3 jogos), segue isolada na liderança do Grupo A1, e cumpre nova jornada na terça-feira, na Escócia.