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Europeu'2024
Tranquilamente nos oitavos

Dois jogos, duas vitórias, qualificação garantida e o primeiro lugar do Grupo F assegurado. Tranquilamente, o primeiro objectivo foi cumprido por Portugal, que agora aguarda pelo terceiro classificado do Grupo A, B ou C nos oitavos-de-final. A Turquia afigurava-se o opositor mais complicado, mas Bernardo Silva, Bruno Fernandes e o desacerto de Akaydin fizeram o resultado.

 

Os adeptos turcos prometiam um inferno no Signal Iduna Park em Dortmund, mas lá dentro, no relvado, e com excepção do equilíbrio observado nos primeiros minutos, as bancadas foram sendo silenciadas por uma equipa portuguesa que encontrou o rumo certo, aquele que lhe valeria o pleno de vitórias até ao momento e o consequente apuramento. Apenas uma alteração em relação ao jogo inaugural – Palhinha no lugar de Dalot – mas uma outra estrutura, porque os turcos seriam, teoricamente, mais pressionantes do que os checos, logo, mais espaço haveria para se jogar.

 

E houve. E o que também houve foi acerto na acção defensiva e na finalização e… felicidade. Acerto de Bernardo Silva quando aproveitou a bola que sobrou na área (após cruzamento rasteiro de Nuno Mendes) para fazer funcionar o seu mágico pé esquerdo, num remate de primeira que dava a vantagem a Portugal; um brinde, sete minutos mais tarde, de Akaydin, depois de um desacerto de passe entre Cristiano Ronaldo e João Cancelo que deixou a defesa turca às aranhas e que resultou num caricato autogolo; a competência, quase de seguida, de Diogo Costa (defesa à jogador de andebol a remate Akturkoglu), revelando que a vantagem estava segura, e bem segura, e que a paixão e fulgor da Turquia se tinham esvaído, mesmo a faltar jogar toda a segunda parte. Porque o jogo tinha sido desbloqueado.

 

Pedro Neto e Rúben Neves saltaram ao intervalo para os lugares dos amarelados Rafael Leão e Palhinha e não foi preciso aguardar muito para o médio que actua na Arábia fizesse uma daquelas aberturas que tão bem sabe fazer para as costas dos defesas, que, desorganizados, deixaram Cristiano Ronaldo e Bruno Fernandes livres de marcação: o capitão preferiu assistir o companheiro, e assim, simples, o terceiro golo robustecia a vantagem de Portugal e aniquilava a euforia turca. Até ao final foi controlo e posse para Portugal, quatro (!) invasões de campo de adeptos sedentos de uma selfie com Cristiano Ronaldo, aplausos dos 15 mil lusos para a grande exibição de João Cancelo, sentida e merecida vénia feita por quase todo o estádio a Pepe, alguém que ignora a data de nascimento e que teima em ser o melhor central da história do futebol português, reconhecimento da importância de Bernardo Silva, considerado o melhor em campo (e que apontou o seu primeiro golos em fases finais), ou as estreias de João Neves e António Silva nestas andanças.

 

Dois jogos e duas vitórias depois, Portugal está qualificado para os oitavos de final, mas antes terá a terceira jornada da fase de grupos para disputar, com a Geórgia, na quarta-feira.