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Liga das Nações: Portugal empatou com França e mantém liderança do grupo
Qual vingança??

O mesmo palco (Stade de France), os mesmos protagonistas (França e Portugal), uma sede de vingança dos anfitriões pela humilhação de há 4 anos, quando a equipa portuguesa deitou por terra as esperanças gaulesas e se sagrou campeã europeia, mas nesta outra competição (Liga das Nações), não houve qualquer vingança e a repartição de pontos corresponde à liderança do grupo de ambas as equipas, com vantagem para os portugueses, que têm melhor diferença de golos. A vingança, afinal, não se serve fria.

 

Campeão do Mundo e campeão da Europa frente a frente na terceira jornada do Grupo 3 da Liga A. E Portugal demonstrou, no estádio do nosso contentamento e durante praticamente toda a primeira parte, maturidade, personalidade, acerto nas marcações e na ocupação dos espaços e mais iniciativa do que o oponente, pecando apenas na definição, ou seja, acerto no momento do remate. Não foram muitas as ocasiões de golo (Bernardo não chegou a tempo de um cruzamento de Nélson Semedo, remate de Bruno Fernandes que foi desviado para canto, desvio de João Félix ao lado a livre de Bruno Fernandes e cruzamento/remate de Nélson Semedo à malha lateral), menos ainda para a França, que apenas contabiliza um remate de Griezmman para as mãos de Rui Patrício.

 

Os papéis inverteram-se na segunda parte e foi a França quem mais dominou e ameaçou (logo a abrir foi uma palmada de Rui Patrício que evitou o golo de Mbappé), mas, tal como acontecera a Portugal nos anteriores 45 minutos, sem resultados efectivos. E foi já com João Moutinho, João Cancelo e Francisco Trincão em campo que surgiu a oportunidade do jogo, aos 90+2, com um contra-ataque do jovem jogador do Barcelona a assistir Ronaldo, para uma grande defesa de Lloris, até porque o remate do capitão sofreu um ligeiro desvio. Belíssimo jogo de Pepe, por quem a idade não passa, de Rúben Dias, Nélson Semedo, de todo o meio-campo, particularmente na primeira parte, e do jogo de sacrifício de João Félix, que galgou todo o corredor vezes sem fim.

 

O empate sem jogos explica a produção das duas equipas que até nos números estatísticos se equivaleram: 50% de posse de bola para cada lado, 6 remates no total (3 na direcção da baliza), dois fora-de-jogo, e a única vantagem portuguesa foi nos cantos (apenas um para a França contra os 4 para Portugal). Portugal voltou ao mesmo local onde, em 2016, fez história e de lá saiu com sete pontos e a liderança do grupo, ainda que repartida com a França, porque tem melhor diferença entre golos marcados e sofridos.

 

A próxima jornada, a quarta, é já dentro de três dias, em Alvalade. Portugal receberá a Suécia, que neste domingo perdeu com a Croácia (2-1).