
Play-off de qualificação para o Mundial’2022
Portugal a uma vitória do Qatar
Uma vitória. É tudo o que separa Portugal de marcar presença no Mundial do Qatar, marcado para Novembro e Dezembro deste ano. Gorada a possibilidade de qualificação directa na fase de grupos, era absolutamente obrigatório ultrapassar a Turquia nestas meias-finais do play-off e a missão foi escrupulosamente cumprida. Com alguns calafrios, mas cumprida. Otávio, Diogo Jota e Matheus Nunes foram os autores dos golos portugueses, enquanto Yilmaz fez o tento turco e ainda desperdiçou uma grande penalidade. Missão cumprida por agora. Terça-feira, novamente no Dragão, há o tudo ou nada e com um adversário que em teoria era improvável: a Macedónia do Norte, que surpreendentemente afastou a campeã europeia Itália do Campeonato do Mundo.
Portugal está na corrida e bem lançado. Com diversas ausências de vulto devido a problemas físicos (Rúben Dias, Pepe, Rúben Neves, Anthony Lopes, Renato Sanches ou Nélson Semedo) e a castigo (João Cancelo), Fernando Santos promoveu algumas novidades no onze, com destaque para a estreia do guarda-redes Diogo Costa. Os primeiros 20 minutos da equipa portuguesa foram de excelente qualidade e de enorme intensidade, com o golo a ser o desfecho natural para esta fase de bem jogar, que envolveu uma tabelinha entre o cerebral e omnipresente João Moutinho e Cristiano Ronaldo, um remate ao poste de Bernardo Silva (um dos principais protagonistas desta equipa), e uma recarga vitoriosa de Otávio, que foi incansável bem ao seu jeito. O futebol é assim, bonito. Após o golo a intensidade diminuiu e a Turquia atreveu-se a avançar no terreno e a fazer os primeiros remates, que deu para assustar um pouco. Mas antes do final da primeira parte, mais uma jogada de antologia dos campeões portugueses resultou no golo de cabeça do sempre presente Diogo Jota, de cabeça, a dizer que sim a um cruzamento de Otávio, que antes tinha queimado linhas graças a um fantástico passe de calcanhar de Cristiano Ronaldo.
O terceiro golo esteve sempre muito perto, mas foi a Turquia que provocou um enorme calafrio ao reduzir a desvantagem por Yilmaz (65’) e mais ainda quando, a escassos cinco minutos dos 90, se posicionou para transformar uma grande penalidade, a castigar falta de José Fonte sobre Unal. Mas Yilmaz rematou por cima e as 48 mil pessoas que lotavam o Estádio do Dragão festejaram tanto como haveriam de festejar nove minutos depois aquele que foi o golo do passaporte para a final do play-off, um remate do recém-entrado Matheus Nunes (que se estreou a marcar por Portugal) a passe de Rafael Leão, também ele lançado minutos antes. Mesmo em cima do apito do nosso contentamento, também Cristiano Ronaldo provocou “bruá” nas bancadas com o remate que bateu estrondosamente na barra. Era o sexto minuto do tempo de compensação e era também o ponto final para a Turquia. Para Portugal, há ainda um parágrafo: novo e decisivo jogo terça-feira com o tal adversário inesperado, a Macedónia do Norte. E aí sim, vai ser o tudo… ou tudo, rumo ao Qatar.