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Liga das Nações
Portugal teve Silvas de luxo

Um luxo os Silvas de Portugal. André, Bernardo e Rafa (chamado à equipa por lesão de Gonçalo Guedes e directamente para o 11 titular), os tais Silvas do ataque de Portugal, mostraram ter barba rija na Polónia e deles saíram os golos que garantiram a segunda vitória de Portugal na Liga das Nações (3-2), assegurando desde já a manutenção na Liga A da prova e colocando a possibilidade imediata de qualificação para a final four, desde que no domingo Itália e Polónia empatem.

 

A selecção nacional não vencia na Polónia há 35 anos e aos 18’ deste segunda participação na Liga das Nações a tradição ameaçava perdurar, quando Piatek, na sequênia de um canto, cabeceou para o fundo das redes de Rui Patrício. Mas eis que Portugal se encheu de brio. De brio, de espectacularidade, de bem jogar, de futebol combinativo e atractivo, naquela que viria a ser uma das suas melhores exibições. E porque quem joga bem tem sempre mais possibilidades de ganhar, os golos aconteceram naturalmente: primeiro por André Silva (32’), na sequência de uma jogada de envolvimento de Bernardo Silva, Cancelo e assistência de Pizzi; depois por autogolo de Glik (43’), com o fantástico passe de ruptura de Rúben Neves a encontrar Rafa, também ele Silva, que deixou o guarda-redes nas covas e que no momento do remate viu o central fazer o corte in extremis, mas para o fundo da baliza; e finalmente por Bernardo (52’), o tal Silva que é o mágico da equipa portuguesa, que, em jogada individual, passou por uma série de adversários antes da estocada final, um remate de fora da área, colocado e junto ao poste direito de Fabianski. Os três Silvas davam a volta ao marcador e diziam que a tradição os últimos 35 anos estava prestes a terminar.

 

Deslumbramento ou não, a verdade é que o futebol da selecção afrouxou e, juntamente com a dupla alteração operada pelo seleccionador polaco, a circulação de bola deixou de ter tanta profundidade e as perdas começaram a suceder-se. E, mesmo sendo ilegal por a bola ter ultrapassado a linha lateral, a Polónia reduziu, por Blaszczykowski. Faltavam 13’ para o final do tempo regulamentar e dois dos homens que Fernando Santos acabara de lançar tiveram nos pés o quarto e o quinto golo: primeiro, aos 84’, por Renato Sanches (substituiu Pizzi), que, depois de ter ultrapassado o guarda-redes Fabianski, viu a bola ser cortada por Kedziora; depois, aos 90’+2’, por Bruno Fernandes (rendera Bernardo instantes antes), que, com a baliza aberta após grande passe de Renato e cruzamento de Cancelo (sempre Cancelo a desequilibrar), rematou para fora.

 

O jogo terminaria pouco depois, com Portugal a garantir 6 pontos em dois jogos, ocupando o primeiro lugar do Grupo 3 da Liga das Nações, enquanto Itália e Polónia (que se defrontam domingo) somam um ponto cada.