
Armada lusa destronou Espanha
Portugal no olimpo das Nações pela segunda vez
Portugal continua a escrever história no futebol europeu. Uma história feliz com lágrimas, como já tinha sido em 2016 com a conquista do Euro, como já tinha sido em 2019 com a vitória na primeira edição da Liga das Nações e como foi na noite deste domingo em Munique, com a conquista desta mesma competição – e é agora a única selecção a ganhá-la por duas vezes. A Espanha, a superpotência campeã europeia há um ano, caiu aos pés de Portugal. Nos penaltis, depois de um empate a 2-2 no tempo regulamentar: Diogo Costa disse que não a Morata; Rúben Neves disse que sim na grande penalidade decisiva (5-3). E assim a armada lusa encontrou o caminho para o olimpo das Nações.
Uma equipa que nunca deixou de acreditar. Primeiro eliminando a Alemanha, em terras germânicas, depois encarando de frente a supertalentosa Espanha na decisiva final de Munique. Portugal, que até entrara bem no jogo, recuperou duas vezes de uma situação de desvantagem. Zubimendi, aos 21’, soube aproveitar uma série de ressaltos para inaugurar o marcador, ao que a equipa portuguesa respondeu cinco minutos depois pelo imparável Nuno Mendes, num remate cruzado colocadíssimo a passe de Pedro Neto. Espanha voltou a adiantar-se mesmo em cima do intervalo por Oyarzabal, e já na segunda parte (61’) Cristiano Ronaldo estava no sítio certo para finalizar de primeira uma bola cruzada por Nuno Mendes. Estava feito novamente o empate e estava feito o 138º golo do capitão, que a dois minutos do final do tempo regulamentar cedeu (por questões físicas) o lugar a Gonçalo Ramos.
A primeira parte do prolongamento foi totalmente de Portugal. Rafael Leão (que entrara aos 74’) e Nuno Mendes (eleito simultaneamente o homem do jogo e o melhor jogador da final-four) fizeram o que quiseram no corredor esquerdo e Diogo Jota, na segunda parte, também esteve perto de festejar, mas o golo não chegou. Tudo empatado, pelo que a decisão foi para grandes penalidades. Gonçalo Ramos, Vitinha, Bruno Fernandes e Nuno Mendes marcaram exemplarmente; Merino, Baena e Isco também. Até que Diogo Costa, com a sua serenidade e frieza olímpica, travou espectacularmente o remate de Morata e assumiu o papel de heói. Faltava uma grande penalidade para Portugal ser feliz. E foi. Rúben Neves, vestindo também a capa de super-herói, não tremeu e com um remate imaculado deu a taça a Portugal. Foi a loucura total. Cristiano Ronaldo, que no banco fechava os olhos a cada penalti, chorou como um menino, abraçou e foi abraçado por todos. Também a Pepe, que viu o seu nome entoado e serem-lhe dedicadas vénias por todos os jogadores portugueses bem como pelo seleccionador nacional, quando transportou o troféu até ao centro do relvado.
Portugal orgulha-se de ser a única equipa com duas Ligas das Nações, seis anos depois da primeira conquista, em 2019, no Estádio do Dragão. Segue-se em Setembro a qualificação para o Mundial’2026.