Troféu estreante fica em casa
Portugal é a nação das nações e Gonçalo o herói nacional
Portugal é a nação das nações e desta vez Gonçalo Guedes o herói nacional. Escreve-se mais uma página de glória na história, depois da conquista épica no Euro’2016: nova final, numa nova competição, desta vez jogada em casa, e arrebatada à Holanda. Somos os campeões da Europa em título e agora também vencedores da primeira edição da Liga das Nações. Resumindo, a Europa foi conquistada por Portugal.
Para a terceira final dos anais (que se desejava viesse a ser a segunda com sucesso), Fernando Santos promoveu três alterações: José Fonte para o lugar do lesionado Pepe, Danilo sucedeu a Ruben Neves e Gonçalo Guedes rendeu João Félix. O sistema de jogo foi alterado relativamente à meia-final diante da Suíça e, resumindo, Portugal foi melhor, teve mais bola, teve muito mais oportunidades e quando foi necessário defender fê-lo com brio, com Rúben Dias a arrebatar a distinção de melhor da final como prémio de uma exibição fantástica.
A Holanda terminava a primeira parte com um remate contra os 12 de Portugal, com um canto contra os 6 de Portugal e via Bruno Fernandes o rematador de serviço, mas foi na segunda parte que as águas se agitaram. Primeiro com uma defesa magnífica de Rui Patrício (a primeira até então do recordista que já é o mais internacional da história, com 81 presenças) e depois com o fantástico golo do herói Gonçalo Guedes, que, depois de uma jogada brilhante desse génio que dá por nome de Bernardo Silva e que, sem surpresa, viria a ser consagrado como o melhor jogador da prova, fez o repleto Estádio do Dragão exultar de alegria: Gonçalo recebeu a bola fora da área, descaiu para a direita e arrancou um remate daqueles que não dão hipótese ao guarda-redes.
Portugal foi competente no resto de tempo que faltava, foi maduro, foi uma equipa. E Cristiano Ronaldo, que viria a ser consagrado como o melhor marcador da prova (três golos), recebeu a belíssima taça das mãos do presidente da UEFA, abraçou-a, beijou-a, radiante como um menino em início de carreira, e partilhou-a com todos os companheiros e com o público, primeiro no estádio e depois na Avenida dos Aliados, para a consagração total dos campeões. Todos a uma só voz e com um só espírito. Esta é a geração conquistadora de um Portugal que domina a Europa.