Portugal saiu da Sérvia com um empate, mesmo apontando mais um golo do que o adversário. Confuso? A explicação: com 2-2 no marcador, o último lance do jogo resultou num remate de Cristiano Ronaldo, que levou a bola a atravessar por completo a linha da baliza sem que o árbitro ou o assistente validassem o golo limpo. E como esta é uma fase de qualificação para um Mundial que não tem VAR nem tecnologia de baliza, Portugal, ao invés de ganhar, acabou mesmo por empatar um jogo – em que o faro e a sagacidade de Diogo Jota ficaram vincados nos dois golos que marcou – que deixa a equipa portuguesa com os mesmos pontos da Sérvia no Grupo A ao fim da segunda jornada desta fase de apuramento.

Duas caras distintas em Belgrado: na primeira parte, o campeão europeu foi inteligente, disciplinado, organizado, personalizado e pressionante, provocando múltiplos desequilíbrios e não permitindo que a Sérvia saísse a jogar. A fórmula J, de Diogo Jota, carburou, e de que maneira. Chamado à titularidade, apontou dois golos, ambos de cabeça (11’ e 36’) e com participação activa de um inebriante Bernardo Silva. Na segunda parte, e fruto das alterações tácticas introduzidas por Dragan Stojković, a tendência do jogo mudou e os papéis inverteram-se, mais a mais porque a Sérvia marcou logo de entrada, por Mitrovic (46’), chegando, depois de algumas ameaças, ao empate (Kostic), quando faltavam 30 minutos para o final.

A vitória lusa esteve a um apito de ser garantida, com o tal ignorado golo limpo na última jogada do encontro, pelo que o que fica para a história é o empate a dois golos com a Sérvia. Na última da tripla jornada de arranque desta qualificação Portugal defronta o Luxemburgo na terça-feira.