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Taça das Confederações
Portugal arranca com empate

Um empate a dois golos marcou o arranque de Portugal na Taça das Confederações, num dia de luto nacional pela tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande, que vitimou 61 pessoas (a homenagem às vítimas solicitada pela Federação Portuguesa de Futebol estendeu-se a Kazan, com um minuto de silêncio a ser respeitado antes do pontapé-de-saída). A equipa portuguesa esteve por duas vezes em vantagem e por duas vezes permitiu que esta fosse anulada pelo México, com os três pontos a escaparem já em período de descontos.

 

Recuperando os campeões europeus para o primeiro onze na estreia na Taça das Confederações, Portugal esteve amorfo nos primeiros 20 minutos, com o México a ser sempre mais pressionante e rápido sobre a bola sem permitir que a equipa portuguesa juntasse os seus sectores, o que se reflectiu num vazio de construção e de oportunidades. Até que ao minuto 21 Nani viu um golo anulado pelo vídeo-árbitro por fora-de-jogo, na sequência de uma jogada em que Cristiano Ronaldo levou a bola a bater violentamente na barra, e as coisas alteraram-se. Tanto assim, que Ricardo Quaresma, aos 34’, colocou Portugal em vantagem, num lance brilhantemente conduzido por Cristiano Ronaldo (eleito o melhor em campo), que rodeado por três adversários descobriu e isolou o companheiro, que com muita classe sentou o guarda-redes Ochoa e inaugurou o marcador. O mesmo Quaresma teve nos pés a possibilidade do segundo momentos depois, novamente a passe, desta vez de calcanhar, do capitão, mas acabaria por ser Chicharito a empatar a três minutos do descanso, num cabeceamento frontal a cruzamento de Carlos Vela.

 

Com o México aparentemente satisfeito com o empate, Portugal procurou a vantagem na segunda parte e dispôs de algumas ocasiões para o fazer, já com Gelson, Adrien e André Silva em campo. Foi o jovem ponta-de-lança, aliás, que aos 85’ esteve perto do objectivo, com um fantástico cabeceamento que teve resposta à altura de Ochoa, mas acabaria por ser Cedric, no lance seguinte, a consegui-lo, tirando partido de um passe à meia volta de Gelson, e beneficiando ainda de um desvio em Herrera. Estaria, pensava-se, assegurada a vitória. Mas não. Já em período de compensações, na sequência de um canto, Hector Moreno voltaria a por tudo na mesma, com um remate de cabeça. Balde de água fria.

 

Portugal volta à competição na quarta-feira, diante da anfitriã e líder Rússia, no segundo jogo desta Taça das Confederações.