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Atribuição da France Football
Poker de Ouro para Cristiano Ronaldo

E o vencedor é… Cristiano Ronaldo. Sem surpresas, tão evidente era a justiça desta atribuição, o jogador português conquista pela quarta vez o prémio individual mais cobiçado do Mundo, a Bola de Ouro, que este ano volta a ser atribuído unicamente pela France Football, depois de terminada a parceria com a FIFA que vigorou entre 2010 e 2015. É, também, o terceiro troféu que vence nos últimos quatro anos (2013, 2014 e 2016), desta vez deixando para trás os concorrentes Leonel Messi e Antoine Griezmann e ultrapassando os consagrados da história do futebol mundial Johan Cruyff, Michel Platini e Marco Van Basten, todos com três troféus. “É uma grande honra”, afirmou assim que recebeu a tão amada Bola das mãos do director da France Football, numa cerimónia gravada porque o astro encontra-se no Japão para disputar o Mundial de Clubes. “São emoções fortes, similares ao momento da primeira (2008, pelo Manchester United), é um sonho que volta a realizar-se; nunca pensei ganhar quatro e sinto-me extremamente feliz e grato aos meus companheiros de equipa e a todos os que contribuíram para que pudesse ganhar este troféu. Estou muito feliz e orgulhoso”.

 

Foi um ano de sonho coroado com o reconhecimento da prestigiada revista francesa. Cristiano Ronaldo conquistou, com o Real Madrid, a Liga dos Campeões (prova que terminou como líder dos melhores marcadores), fechou a época com o título europeu ao serviço da selecção portuguesa e pelo sexto ano consecutivo superou os 50 golos (jogou 55 partidas; marcou 51 golos), entrando também para a história do Real Madrid como o máximo goleador de todos os tempos. “Este foi o melhor ano da minha carreira, quer colectiva quer individualmente”, assegurou. “Em primeiro lugar está a equipa e os troféus colectivos. Se o Real Madrid não tivesse ganho a Champions e se Portugal não fosse campeão europeu eu não estaria aqui, a receber a Bola de Ouro. A Champions foi importantíssima, mas o título por Portugal foi único e era o que faltava no meu currículo”.

 

É portanto sem surpresa que Cristiano Ronaldo, o super, o irrepreensível, o insatisfeito, o profissionalíssimo Cristiano Ronaldo, é eleito o melhor jogador do Mundo, ficando agora a apenas uma conquista de igualar Leonel Messi, vencedor da anterior edição. “Quando recebo um prémio desta envergadura tenho de concluir que valeu a pena trabalhar duro, valeu a pena fazer tantos sacrifícios”, explicou, reafirmando a sua enorme “felicidade” e também “o sentimento de gratidão” para com companheiros, “parte importante desta conquista”, família, amigos e todos os que com ele trabalham. Mas, igual a ele próprio, traça objectivos para o futuro, que não são mais do que o mesmo: “Vou dar o meu melhor, como sempre faço, pois cada ano representa um novo desafio”.

 

Nesta 61ª edição, votaram 173 jornalistas de outros tantos países. O melhor do Mundo somou 745 pontos e deixou os concorrentes a uma larga distância. Pepe ficou na nona posição, ele que fez um Campeonato da Europa absolutamente fantástico (para além de também ter sido campeão europeu com o Real Madrid), enquanto Rui Patrício ocupou o 12º lugar, também em função da sua brilhante prestação em França.

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