Perfeita. Foi assim a qualificação de Portugal para o Euro’2024, que se realiza no próximo verão na Alemanha. Foi o apuramento da perfeição, o que equivale a dizer do pleno de vitórias – 10 em 10 jogos –, inédito até aqui, mas também de marcas históricas alcançadas, como sejam o carimbo do passaporte mais prematuro de sempre ou o registo do maior número de golos neste tipo de fases (36). A consagração do apuramento aconteceu em Alvalade, numa noite em que Bruno Fernandes e Ricardo Horta selaram a décima vitória consecutiva da equipa portuguesa, desta vez diante da Islândia. Histórico e sem mácula.

Alvalade engalanou-se, Portugal engalanou Alvalade e o que se viu foi festa nas bancadas e deleite no relvado. Futebol com momentos de brilhantismo, designadamente na primeira parte, a um, dois toques, envolvente, cativante, apaixonante, com João Félix, João Cancelo, Bernardo Silva, João Mário (titular pela primeira vez), Otávio ou Bruno Fernandes a jogarem e a fazerem jogar. O médio do Manchester United apontou o primeiro, depois de uma assistência de calcanhar de Bernardo Silva, mas outros ficaram por marcar, como aquela bola à trave de Otávio, depois de dois momentos brilhantes de João Félix. Foi, porém, Ricardo Horta, que tinha acabado de entrar, que fixou o resultado, já na segunda metade do encontro, com uma recarga vitoriosa a remate de João Félix que o guarda-redes da Islândia não conseguiu segurar.

Foram 24 remates (12 deles à baliza) e uma exibição entusiasmante e de classe do colectivo português, que há muito carimbara passagem directa para a Alemanha, fixando recordes nunca vistos. Março é o mês de novo reencontro, agora de preparação para a fase final do Campeonato da Europa, cujo sorteio irá ter lugar no dia 2 de Dezembro.