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Mundial 2022 Qatar
Oitavos, aí estamos nós!

Portugal já está nos oitavos-de-final do Mundial do Qatar. Sem ter de fazer contas de cabeça nem recorrer a calculadora, o que não acontecia desde o Mundial de 2006. Desta vez tudo muito simples: dois jogos, duas vitórias, a última das quais nesta segunda-feira, ao Uruguai, o que carimbou a qualificação para a fase seguinte mesmo antes da derradeira jornada, que será com a Coreia do Sul. Bruno Fernandes foi o autor dos dois golos e agora a única questão que se coloca é se terminará a fase de grupos na liderança (para evitar males maiores, que é como quem diz o Brasil) ou como segundo classificado. Primeiro objectivo, o da qualificação, está cumprido.

 

Circulação e posse de bola, que está nos genes lusos, fizeram a história dos primeiros 29 minutos de jogo, com muitas variações de jogo e tentativa de libertar espaços em função da linha defensiva uruguaia de cinco elementos mais os três do meio-campo. Alguns ensaios à baliza, mas quem acabou por criar a melhor oportunidade foi mesmo o Uruguai, nesses tais 15 minutos finais do primeiro tempo. Portugal dominou, o Uruguai assustou. Assustou todos menos Diogo Costa, que saiu arrojadamente da baliza e defendeu com excelência o remate de Bentacur. Não seria caso único, porque o guarda-redes português voltou a ser decisivo e a mostrar toda a sua categoria na parte final do encontro, com uma grande defesa a remate de Arrascaeta.

 

A segunda parte abriu com João Félix a rematar às malhas laterais e com o golo de Portugal, num cruzamento de Bruno Fernandes que viria a entrar directamente na baliza, mas ao qual Cristiano Ronaldo, dizendo presente, penteou a bola, mas sem, aparentemente, chegar a desviá-la. Tocou, não tocou? A FIFA acabou por atribuir o golo ao médio português, que bisaria já no período de compensação, de grande penalidade, após Giménez ter tocado a bola com a mão na grande área, e que veria ainda o poste negar-lhe o terceiro. Foi eleito o homem do jogo.

 

Uma vitória inteiramente merecida de Portugal, que comprovou ser a melhor equipa do Grupo H. Um jogo que teve a estreia neste Mundial do (como lhe chamou Fernando Santos) monstro Pepe, mas que viu também um gigante Bernardo Silva e um Nuno Mendes desolado e em lágrimas por ter de abandonar o relvado, lesionado, momentos antes do intervalo.

 

Duas vitórias em dois jogos e a qualificação garantida ainda antes do jogo com a Coreia do Sul, orientada pelo português Paulo Bento. Para ser líder do grupo, Portugal terá de empatar ou vencer os coreanos ou então, em caso de derrota, sofrer apenas um golo desde que o Gana não vença o Uruguai por dois ou mais golos. A calculadora, neste caso, é opcional.