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Real e Atlético reeditam final da Champions
Madrid muda-se para Milão

A cidade de Milão será, no dia 28 de Maio, mais espanhola do que italiana. Real e Atlético, que reeditam a final de Lisboa de há dois anos, voltam a discutir o troféu mais apetecido da europa de futebol a nível de clubes. Cristiano Ronaldo (que disputará a sua quarta final), Pepe, James Rodriguez, Tiago, Saúl, Filipe Luís são apenas algumas das estrelas que cintilarão nesse tão apetecido sábado, em que o Real completa a sua 14ª presença em busca do décimo primeiro troféu contra as apenas três finais do Atlético, que ainda procura a primeira vitória na prova.

 

Depois do nulo da primeira mão em Manchester, o Real venceu o City por 1-0, confirmando ter passado a melhor equipa no conjunto dos dois jogos. Com Cristiano Ronaldo de regresso após ter debelado a lesão que o tem afastado dos últimos encontros, os madridistas colocaram-se em vantagem na eliminatória logo aos 20 minutos, com um remate cruzado de Bale, que acaba por dividir o golo com Fernando, em quem a bola ainda ressalta.

 

O City, com Mangala em campo, rondou o golo por duas vezes, primeiro aos 44’, num remate ao poste de Fernandinho, e aos 89’ por Aguero, mas não foi muito mais além do que isto. Com Pepe seguríssimo (já no jogo de Manchester tinha sido o melhor) e com Cristiano Ronaldo incansável e sempre na procura do golo (fez mais remates do que toda a equipa inglesa), o Real Madrid assegurou de forma inteiramente justa a qualificação para a tão desejada final, onde voltará a encontrar o vizinho Atlético.

 

“Não competia há 15 dias mas as pessoas esquecem-se que recupero rápido”, afirmou Cristiano Ronaldo, assegurando que “estava a 100 por cento” e que ficou satisfeito com o seu trabalho. “ Estou cansado mas feliz. Foi um jogo completo. O resultado foi curto mas suficiente. Somos uns justos vencedores e estamos na final”, explicou, defendendo que na final de Milão o favoritismo “será 50 por cento para cada lado”.

 

Atlético gigante em Munique

 

Em Munique, o Atlético foi um gigante e deixou por terra o todo-poderoso e supercandidato Bayern de Munique. Depois da vitória por 1-0 no jogo da primeira mão (com uma magnífica obra de arte de Saúl, a equipa de Madrid carimbou a passagem à final de Milão mesmo perdendo (2-1).

 

Oblak, que não só parou uma grande penalidade como fez um punhado de defesas impossíveis, foi uma das principais estrelas de uma equipa cheia de alma, de uma fé inabalável e que jamais se rende.

 

Xavi Alonso, aos 31’, igualou a eliminatória e aos 35’ Muller dispôs de uma grande penalidade para colocar a sua equipa em vantagem, mas Oblak não o permitiu. O regresso dos balneários trouxe também um Atlético mais atrevido daí resultando o golo de Griezmann (54’), que obrigava o Bayern a ter de apontar mais dois golos para seguir em frente. Só conseguiu um, aos 74’, por Lewandowski, e até via Neuer parar o remate de Torres (84’) numa grande penalidade polémica.

 

Oblak, Saúl, Filipe Luís, Tiago (que assistiu ao jogo na bancada, ainda a recuperar de lesão) e companhia seguem para a final de Milão, a segunda no espaço de três anos e a terceira da história do Atlético de Madrid.