Frenético, complicado, com recurso a horas extraordinárias, mas com resultado previsível: o Manchester United, de José Mourinho e David de Gea (que acaba de ser escolhido para o onze ideal da Premiere League), afastou o Anderlecht, vencendo por 2-1 em Old Trafford depois do empate a um golo registado há uma semana na Bélgica. O treinador português volta a uma meia-final europeia pela primeira vez desde a época 2013/14, assumido que está o objectivo de o histórico clube inglês, mais acostumado às andanças dos campeões, vencer pela primeira vez a Liga Europa. Exactamente o que lhe carimbará o passaporte para a Champions, onde pertence.

Tudo parecia bem encaminhado para os “red devils”, que aos 10 minutos se colocaram em vantagem por Mkhitaryan, depois de uma bela jogada de contra-ataque do menino Rashford, e ainda foram obrigando o guarda-redes Rúben Martínez a brilhar com uma série de grandes defesas. Só que os belgas começaram a sair da casca e, já depois da lesão de Rojo, esta reacção traduziu-se no golo do empate de Hanni (32’) que acabaria por levar tudo para prolongamento porque o United ia desaproveitando as oportunidades que criava. Trinta minutos sem Ibrahimovic, lesionado e substituído por Martial. E foi já na segunda parte do tempo extra que o United resolveu tudo (107’), graças a Rashford, transformado no herói da noite, que com uma execução fantástica colocou o Manchester nas meias-finais da Liga Europa. Sofrido, empolgante até, mas justificado.

Celta de Vigo, Lyon e Ajax são as equipas que se juntam à equipa de José Mourinho nesta fase da prova.