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Liga das Nações: Portugal vergou vice-campeã do Mundo
Estreias de gala

Dez meses depois, Portugal voltou a pisar um relvado e fê-lo com mestria. Apesar de todas as condicionantes relacionadas com a pandemia que atinge o nosso mundo, viu-se brio, comprometimento e, em alguns momentos, brilhantismo até. Mesmo com jogadores em início de pré-época e a realizarem o primeiro jogo oficial de uma temporada que a Covid-19 parou e retardou. E sem Cristiano Ronaldo, a recuperar de uma infecção num dedo do pé. Dez meses depois, Portugal entrou no mesmo estádio, Dragão, que o consagrara como o primeiro vencedor da Liga das Nações, defendeu o título, vencendo a Croácia por 4-1, e com estreias de gala. João Cancelo, Diogo Jota, João Félix e André Silva deram robustez ao resultado e vergaram aquela que é só, e apenas, a vice-campeã do Mundo.

 

Em face de condicionalismos vários, Anthony Lopes apresentou-se na baliza e Bernardo Silva, Diogo Jota e João Félix formaram o tridente atacante. Mas quem mais acabou por dar nas vistas foi João Cancelo, um dos desequilibradores da noite, que ameaçou num fantástico remate de trivela aos 19’ e que concretizou aos 41’, numa fuga da direita para o meio, com um notável remate ao ângulo, de fora da área. Estava feito o que há muito se adivinhava, ou João Félix não tivesse já rematado ao poste (23’), Pepe, por duas vezes consecutivas, ter visto Livakovic negar-lhe o golo (25’), Jota ver devolvido o cabeceamento pelo poste (27’) ou Raphael Guerreiro ter também ele levado a bola ao poste e depois a ser o pé de Livakovic a retardar o inevitável (34’).

 

O intervalo chegava com Portugal a somar 6 remates enquadrados com a baliza, mais os tais três que foram ao ferro, contra apenas um da Croácia, que se apresentou sem Modric e Rakitic, duas das suas maiores estrelas. O actual detentor da Liga das Nações manteve o bom jogo, fluido, agradável e desequilibrante, e foi assim que quer Diogo Jota (primeiro jogo a titular) quer João Félix se estrearam a marcar pela selecção portuguesa. O jogador do Wolves aos 58’, depois de uma bela desmarcação e de uma diagonal, que culminou com um remate colocadíssimo com o pé direito; o mágico do Atlético de Madrid aos 71’, de meia-distância, e com a potência e direcção que só ele sabe executar, sem que para tal necessite de ganhar grande balanço.

 

Duas estreias em grande, a que se acrescenta a primeira internacionalização de Francisco Trincão, que jogou os últimos 18 minutos e que festejou no relvado o quarto golo português, da autoria de André Silva, que precisou de apenas seis minutos para mostrar a sua veia goleadora, empurrando a bola para o fundo das redes depois de um canto de Bruno Fernandes e de um desvio de cabeça de Pepe. (90’+4’). Três minutos antes a Croácia tinha feito o golo de honra, por Petkovic, mas o destino do jogo estava traçado. Portugal marcava 4 em 26 tentativas, contra um da Croácia, em cinco ensaios.

 

A selecção nacional entrou a todo o gás na edição deste ano da Liga das Nações, defendendo categoricamente o título que detém (lidera o Grupo 3 da Liga A, juntamente com a França, que venceu a Suécia por 1-0). A segunda jornada é já dentro de três dias, na terça-feira, com a selecção nacional a viajar até à Suécia.