Uma monstruosa exibição de David De Gea não foi suficiente para manter Espanha no Euro’2016. A Itália foi o carrasco, impondo dois golos sem resposta aos actuais campeões europeus, o que equivale dizer que pela primeira vez em 12 anos, os espanhóis estão fora dos quartos-de-final – o Euro’2004, realizado em Portugal, tinha marcado o final de um ciclo e o início de outro. Itália não vencia Espanha há 22 anos.

Quatro intervenções de altíssima qualidade mostraram de que fibra é feito o guarda-redes que actua no Manchester United. Palmada com mão direita, palmada com mão esquerda, no solo ou nas alturas, em voo, ou a dar o corpo às balas, assim foi David De Gea. Logo aos 9’, impediu Pellè de abrir o marcador; continuou em grande estilo aos 11’, com uma sapatada a remate de Giaccherini (embora o lance tenha posteriormente sido anulado pelo árbitro); manteve concentração máxima aos 33’, afastando o forte remate de livre de Éder, mas impotente para a recarga de Chiellini; terminou a primeira parte com uma fantástica defesa a um não menos espectacular remate de Giaccherini; e na segunda parte voltou a ser salvador, desta vez com o corpo, no frente a frente com Éder.

A Espanha foi uma sombra de si própria e o segundo golo aconteceu já em período de descontos, por Pellè. A primeira parte tinha sido totalmente dominada pelos italianos, equilibrada na segunda, mas não fosse o salvador David De Gea e esta Espanha tinha saído destes oitavos-de-final com uma humilhante derrota.

Segue em frente a Itália, que nos quartos vai encontrar pela frente a Alemanha, num dos mais apetitosos jogos deste Europeu.