Três – t-r-ê-s! – grandes penalidades defendidas por Diogo Costa colocaram Portugal nos quartos de final do Euro’2024. O guarda-redes português foi o herói que a equipa precisava, depois do nulo registado ao fim dos 120 minutos do jogo com a Eslovénia, que terminou a sua participação no torneio sem perder durante o tempo regulamentar. E Diogo épico Costa, que tinha sido decisivo mesmo no final quando se opôs de forma brilhante a um remate de Sesko, fez história: nunca ninguém tinha conseguido travar três penaltis num único jogo.

Foi um jogo desgastante, sofrível, mas também emotivo. No regresso à fórmula com dois centrais, a equipa portuguesa entrou bem, com Vitinha a maestro e Rafael Leão e João Cancelo a provocarem calafrios no bloco baixo e compacto da Eslovénia, mas no momento da definição faltou sempre um bocadinho assim, inclusive no remate de Palhinha, mesmo sobre o intervalo, que levou a bola a esbarrar no poste.

A história repetiu-se no início da segunda parte, mas quando falhava tudo o resto estava lá o bem conhecido Oblak. Foi o que aconteceu, já no prolongamento, quando Cristiano Ronaldo (depois de um penalti sobre Diogo Jota) viu o guarda-redes esloveno voar e defender de forma espectacular o que seria o golo luso. O capitão chorou, foi confortado por todos, e acabaria mesmo por ser ele a apontar a primeira das três grandes penalidades convertidas por Portugal (Bruno Fernandes e Bernardo Silva foram os restantes protagonistas). E Diogo Costa foi o herói da noite. A equipa precisava dele e ele, com frieza, maturidade e classe, disse que não a todas os três penaltis eslovacos. Competente, enorme e épico.

Portugal está agora nos quartos de final, onde na sexta-feira vai defrontar uma das favoritas à vitória no Euro: a França.