CR7

Portugal derrota Suíça e está na final da Liga das Nações
Cristiano show Ronaldo

É fácil, mas apenas para quem sabe, e ele sabe como ninguém. Decisivo, arrasador, letal, dilacerante, ninguém finaliza como Cristiano Ronaldo. Na noite do Dragão, saiu glorificado com um hat-trick que colocou Portugal na final da estreante Liga das Nações. A Suíça caiu a seus pés quando já todos pesavam que as decisões iriam ser adiadas para o prolongamento. O show do capitão da selecção – coadjuvado por essa estrela maior que dá pelo nome de Bernardo Silva, e ainda pela batuta do maestro Ruben Neves e outros pares – desatou um novelo que parecia amarrado. E assim Portugal volta a uma final três anos depois da que resultou no título maior do futebol português, o Euro do nosso contentamento.

 

A Suíça é um velho conhecido e os seus créditos foram-se confirmando à medida que o cronómetro avançava, com Shaqiri e Seferovic a mostrarem-se e a ameaçarem. Portugal apresentava-se com um ataque de grande mobilidade, com Bernardo Silva, João Félix (o debutante do dia), Cristiano Ronaldo, mais Bruno Fernandes, mas haveria de ser através de um livre directo que o talento de Cristiano Ronaldo provocou a primeira mossa no adversário: um míssil que deixou o guarda-redes Sommer sem reacção e que foi brilhantemente executado.

 

Por entre sobressaltos como a bola enviada à trave por Seferovic, a segunda parte chegou com uma originalidade do VAR: grande penalidade assinalada e anulada por claro derrube a Bernardo Silva para ser marcado um penálti relativo à jogada anterior, em que Zuber tinha caído (tropeçado) no pé de Nelson Semedo. O possível segundo golo de Portugal deu lugar ao empate, porque Rodriguez converteu o castigo máximo.

 

E a partir deste momento, já sem Pepe (que aos 61’ caiu mal e foi directo para o hospital para ser submetido a exames ao ombro) e com Gonçalo Guedes (que rendeu João Félix), apareceu o furacão Ronaldo: dois golos no espaço de dois minutos quando já todos anteviam o prolongamento: primeiro, num passe fantástico de Ruben Neves para Bernardo Silva, que dominou a bola como só ele consegue fazer, e assistiu o capitão, para um remate fantástico de primeira; depois numa recuperação de bola a meio-campo e ataque rápido de Gonçalo, que Cristiano Ronaldo correspondeu com um bailado desconcertante antes de rematar em arco e assegurar, perante o esplendoroso e repleto Estádio do Dragão, a presença de Portugal na final da primeira edição da Liga das Nações. Os predestinados são assim, estão lá quando é preciso e decidem.

 

No domingo há mais. No mesmo local, à mesma hora, com o vencedor do jogo entre a Inglaterra e a Holanda.