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Portugal goleia novamente Ilhas Faroé (5-1) na corrida para a Rússia
…E Cristiano Ronaldo já é melhor do que Pelé

No Bessa nada de novo. Portugal voltou a golear as Ilhas Faroé, desta vez por 5-1, e Cristiano Ronaldo a fazer história, com três dos cinco golos a saírem dos seus pés e a entrarem no registo mundial. Hoje, o melhor do Mundo passou a ser também melhor do que Pelé, ultrapassando o mítico brasileiro no número de golos apontados pelas respectivas selecções, agora 78 contra os 77 do ex-internacional brasileiro. Nada, rigorosamente nada, pára Cristiano Ronaldo, um dos quatro jogadores da história com mais golos apontados pelo país que representa. Desta vez foram três golos e duas assistências, que o colocam também no topo europeu da lista em jogos de qualificação. Um fenómeno. E Portugal segue a sua caminhada rumo ao Mundial da Rússia.

 

O jogo começou bem e com um golo magnífico do capitão, que se encheu de acrobacias e à meia-volta correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Bernardo Silva, desmembrando o aglomerado de jogadores das Ilhas Faroé. Tinham passado somente três minutos e o repleto Estádio do Bessa aplaudia a equipa campeã da Europa e vibrava com o melhor do Mundo, que tem fome de bola e de golos, enquanto aguarda que termine a suspensão de que foi vítima em Espanha.

 

18 pernas, por vezes 20 (isto sem contar com as do guarda-redes), eram pernas a mais atrás da linha de bola. João Mário foi carregado à margem das leis na grande área e Cristiano Ronaldo não desperdiçou a oportunidade, de penalti, de igualar a marca de 77 golos do mítico Pelé e, simultaneamente, de dar um pouco mais de verdade a tão acentuada diferença de qualidade entre as duas equipas. Que foi surpreendentemente reduzida para a margem mínima perto do intervalo, por Baldvinsson, que num remate de primeira após um lançamento longo da linha lateral, acentuou o mau feitio do seleccionador Fernando Santos. Afinal, era a segunda vez que as Ilhas Faroé se aproximavam da área de Portugal. E mais preocupante, a ansiedade lusa em chegar depressa ao golo, que a levava optar pela fórmula errada de cruzamentos e cruzamentos contra aquela muralha de pernas.

 

No regresso dos balneários, percebeu-se a intenção de imprimir velocidade ao jogo da equipa portuguesa e o jogo de sentido único acentuou-se ainda mais, mas de uma forma mais condizente em face das características do adversário. A normalidade voltou a ser reposta na sequência de um canto marcado à maneira curta e pela cabeça de William Carvalho a assistência de Cristiano Ronaldo (58’) e mais acentuada ficou pelos pés dos mesmos protagonistas, mas em ordem inversa, ou seja, assistência de William, simulação perfeita de Cristiano Ronaldo e remate certeiro para o quarto de Portugal (65’). O capitão passava, assim, a ser melhor do que Pelé no total de golos apontados pela selecção, agora 78 para o português e 77 para o brasileiro. Um fenómeno fenomenal.

 

Fernando Santos, que já tinha trocado João Mário por Ricardo Quaresma, geriu os seus homens porque domingo há mais um jogo de qualificação, este bem mais exigente, com a Hungria, em Budapeste, e promoveu as entradas de André Gomes (para o lugar de João Moutinho) e Nélson Oliveira (André Silva). Nada que alterasse a estrutura e eficácia da equipa, com o recém-entrado Nélson Oliveira a concretizar a “manita”, como dizem os espanhóis, num remate de oportunidade a deficiente corte de um defesa das Ilhas Faroé a cruzamento da direita de Cristiano Ronaldo.

 

Cristiano Ronaldo soma agora 78 golos, tendo à sua frente o iraniano Ali Daei (109), o húngaro Puskas (84), o japonês Kamamoto (80) e o zambiano Chitalu (79). Mais ainda: com os seus 14 golos bateu já o recorde europeu numa fase de qualificação para o Mundial.

Quanto a Portugal, segue na segunda posição, com 18 pontos, atrás da líder Suíça, que tem 21 depois de vencer Andorra por 3-0. A Hungria, próximo adversário da equipa portuguesa, derrotou a Letónia por 3-1, e ocupa a terceira posição, a 11 pontos de distância.