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Portugal a uma vitória do Mundial da Rússia
CR7 indicou o caminho da final

Ver Cristiano Ronaldo a suplente não é habitual; ver Cristiano Ronaldo a marcar é usual. E em Andorra viu-se as duas coisas. Porque era absolutamente imperioso ganhar, Cristiano Ronaldo saltou do banco ao intervalo e para decidir, o que, convenhamos, também é normalíssimo. E foi assim que começou a ser desenhada a vitória de Portugal, confirmada por André Silva numa jogada que também teve o selo do capitão: dois golos sem resposta que consagram a selecção nacional como a única a conseguir sair incólume do principado com dois golos de diferença nesta fase de qualificação. A “final” é na terça-feira, diante da Suíça, que tem 9 vitórias em outros tantos jogos. O apuramento directo para o Mundial do próximo ano, na Rússia, está a 90 minutos de distância.

 

Jogadores em risco de falharem a final de terça-feira foram quase todos poupados, e neste lote encaixou-se o capitão, tal como José Fonte, Cédric e André Gomes (Ricardo Quaresma e Gelson foram as excepções e saíram “limpos” de campo); jogadores que por via das deficiências e do risco do piso sintético poderiam estar mais susceptíveis de arriscarem a sua integridade física para a tal “final” foram preservados, e aqui também foi incluído o melhor do Mundo tal como, por exemplo, João Moutinho. Ao todo foram cinco as alterações em relação ao último jogo (Hungria) e em face de todas as dificuldades impostas não só pelo piso mas também pelo adversário (que jogou num curto espaço de terreno, fechado, fechadinho à frente da sua área como o comprovam os números, um único remate em 90 minutos contra os 21 da selecção nacional), algo teria de ser feito porque qualquer cenário que não fosse o da vitória estava excluído – a primeira oportunidade de Portugal aconteceu apenas aos 26 minutos, por Quaresma e a outra aos 40’ por Pepe, num fortíssimo remate que contou com a não menos brilhante oposição do guarda-redes Gómes.

 

E Fernando Santos, que admitiu dúvidas em relação à utilização de Cristiano Ronaldo até à hora do jogo, lá teve de recorrer ao melhor do Mundo no regresso do balneário. Que desbloqueou o jogo e disse presente aos 63 minutos, com o golo do costume, o seu 79º em 146 jogos, e que participou na jogada do segundo (86’), apontado por André Silva (o seu 10º em 16 jogos). Problema resolvido, missão cumprida também nas vertentes disciplinar e física e agora tudo apontado à Suíça (que derrotou a Hungria por 5-2). A última jornada está marcada para terça-feira, no Estádio da Luz. A Portugal basta uma vitória por 1-0 para assegurar a qualificação directa para a Rússia.