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Qualificação para o Mundial’2022 do Qatar
CR111 na reviravolta de Portugal

Da escuridão das trevas à mais cintilante luminosidade ou de como a perspectiva de perda de pontos se transformou, num ápice, na adição de três, e importantíssimos, na corrida à qualificação pela presença no Mundial’2022 no Qatar. Mesmo no finzinho, e no espaço de sete minutos, o que parecia ser uma tão surpreendente quanto inesperada derrota de Portugal com a República da Irlanda passou a uma emocionante vitória. E quem é que escreveu mais uma página gloriosa na história do futebol mundial, quem foi? Cristiano Ronaldo, quem mais!

 

Dois cabeceamentos para o 110º e o 111º golo ao serviço de uma selecção nacional (180 jogos), que lhe valem, já, o título de melhor marcador de sempre da história, destronando, definitivamente, o recorde do iraniano Ali Daei (109). Figura maior do futebol do nosso tempo, figura que para sempre será eternizada, CR7 é por momentos CR111, o maior jogador/goleador que o mundo do futebol alguma vez teve o prazer de conhecer.

 

Concluída a quarta jornada, Portugal está no primeiro lugar do Grupo A, com mais três pontos do que a Sérvia, embora com mais um jogo. Mas a liderança ficou ameaçada quando Egan, em cima do intervalo do jogo realizado no Algarve (e já com presença de público), fez o impensável, obrigando a equipa portuguesa a correr atrás do prejuízo.

 

O capitão da selecção nacional, que logo aos 10’ tinha visto o guarda-redes irlandês Bazunu defender uma grande penalidade que o árbitro demorou cinco minutos a decidir (falta sobre Bruno Fernandes), fez renascer a esperança aos 89’, com um cabeceamento que entrou para a história, após um grande trabalho e assistência do recém-entrado Gonçalo Guedes; e validaria o triunfo sete minutos depois, novamente de cabeça, mas desta vez a cruzamento de João Mário, que também tinha sido lançado na segunda parte.

 

Portugal respirava, então, bem fundo, num jogo em que nem tudo foi bem conseguido, mas cuja vitória foi indiscutível: o efervescente Diogo Jota rematara ao poste (28’) após dois grandes cruzamentos de João Cancelo, e, já em desvantagem, tinha visto o guarda-redes Bazunu defender a dois tempos mais uma bela iniciativa, enquanto o encantador da bola e sempre dinâmico Bernardo Silva também o tentara por três vezes. Isto, entre outras ocasiões. Até que chegou o minuto 89 e depois o minuto 90+6. E tudo ficou bem.

 

Na próxima jornada (terça-feira), Portugal viaja até ao Azerbaijão, tendo pelo meio um jogo particular com o Qatar, anfitrião do Mundial de 2022.