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Portugal entra a ganhar no Euro’2020
Bis de Cristiano Ronaldo na afirmação do campeão

A melhor e mais saborosa fatia do jogo inaugural de Portugal no Euro’2020 estava guardada para o final. Acabaram até por ser três fatias, cortadas cirurgicamente no espaço de nove minutos, primeiro por Raphael Guerreiro e as restantes pelo inevitável Cristiano Ronaldo, que certificou não só a vitória (3-0) diante da Hungria como manteve o particular gosto pela soma de recordes. Mais ainda, Portugal passa a ser a primeira equipa na história de Europeus a marcar três golos nos últimos 10 minutos de um jogo. Era possível pedir um melhor início de prova?

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Num Puskas Aréna lotado como há mais de um ano não se via em toda a Europa (e até no Mundo), por força da pandemia, Portugal entrou em campo para iniciar a defesa do título europeu que detém há cinco anos afirmando-se como favorito. E o marcador apenas se manteve em branco até ao intervalo porque o guarda-redes Gulácsi impediu que Diogo Jota (5’ e 40’) fosse feliz e porque os remates de Cristiano Ronaldo (30’ e 43’) falharam o alvo.

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A posse de bola era obviamente esmagadora para Portugal, bem como a pressão exercida sobre o adversário, mas aquele bloco baixo de três linhas com que a equipa anfitriã se apresentou defensivamente – 5x3x2 – não se desfaziam e os espaços escasseavam para o assalto final à baliza húngara. A segunda parte começou, portanto, da mesma forma que a primeira, com Gulácsi novamente a evitar o golo, neste caso a Pepe (47’) e posteriormente a um remate de meia-distância de Bruno Fernandes (68’).

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A Hungria pareceu, por momentos, querer dar um ar da sua graça, mas quem acabou a rir foi mesmo Portugal, que entre o minuto 84’ e o minuto 90’+2 desatou o nó em que o jogo se tinha convertido, com os três golos do nosso contentamento, já com Rafa, Renato Sanches, André Silva e João Moutinho em campo. Primeiro por Raphael Guerreiro, cujo remate desviou num defesa húngaro traiu o seu guarda-redes (84’); depois por Cristiano Ronaldo, na conversão de uma grande penalidade sofrida por Rafa (87’); e finalmente novamente pelo capitão que, na sequência de uma tabelinha com Rafa, tirou o guarda-redes do caminho com o pé direito e rematou para o golo com o pé esquerdo (90’+2’).

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Estava assim desbloqueada a primeira vitória de Portugal no Euro’2020 (importantíssima em face do já muito rotulado grupo da morte, que tem as duas campeãs da Europa e do Mundo França e Alemanha), com Cristiano Ronaldo a ser eleito o homem do jogo pela UEFA, mas também a somar recordes: com os dois golos diante da Hungria passou a ser o melhor marcador da história da prova, com 11 golos (ultrapassando os 9 de Platini); é o primeiro jogador a participar em cinco fases finais de Europeus; é o jogador mais vitórias, 12, ultrapassando Cesc e Iniesta (11).

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Portugal volta a entrar em campo no sábado, em Munique, diante da Alemanha (17h00), na segunda jornada do Grupo F.