Portugal assumiu a liderança do Grupo 2 da Liga das Nações depois de vencer a República Checa e com recitais de Bernardo Silva, João Cancelo, Gonçalo Guedes & Cª Lda. O médio do Manchester City foi o desbloqueador da tarde/noite de Alvalade, com duas assistências daquelas que saem dos melhores compêndios futebolísticos para os golos do lateral e do extremo, numa vitória que tem tanto de justa como de segura e de inteligente.

A equipa portuguesa, que apresentou quatro alterações em relação ao jogo de há quatro dias com a Suíça (Diogo Costa, Raphael Guerreiro, Bernardo Silva e Gonçalo Guedes foram chamados à acção), foi perspicaz na abordagem ao jogo, consciente de que o campo parece mais curto em função da ocupação de espaços por parte da República Checa. Portugal dominou sempre, embora a rotura só tenha acontecido por artes mágicas de Bernardo e Cancelo, essa sociedade que tantos frutos deu no City, e cujo entendimento resultou num remate cruzado do talentoso e omnipresente lateral para o primeiro golo de Portugal.

Daí até ao segundo foi uma questão de minutos, cinco mais precisamente, novamente com o fascinante e desconcertante Bernardo a cortar linhas e a descobrir Gonçalo Guedes, que voltou aos golos também num remate cruzado. Podiam ter-se escrito mais ainda, em função das oportunidades criadas, mas o resultado acabaria por ficar assim, confortável para Portugal, que fez um jogo seguro e personalizado, com muita circulação de bola e variação de jogo, vertentes onde Rúben Neves se destacou.

Foi o jogo 100 de Fernando Santos, que aproveitou a segunda parte para prosseguir com a  inevitável gestão da equipa, uma vez que no domingo há mais um jogo, o quarto no espaço de 11 dias, novamente com a Suiça, mas desta vez em Genebra. Portugal lidera o Grupo 2, com 7 pontos, mais dois que a Espanha. A República Checa está na terceira posição, com 4, e a Suíça na cauda da tabela, apenas com derrotas.