Euro'2024
O adeus no melhor de Portugal
Desalento, frustração, dor, sentimento de injustiça. O melhor Portugal que se viu neste Euro’2024 acabou eliminado, no desempate por grandes penalidades, pela poderosa França. O poste, o maldito poste, acabou com o sonho.
Portugal foi mais Portugal e também foi poderoso. Encarou a França de frente, dominou a maior parte do jogo, inclusive no prolongamento, mostrou personalidade, criou oportunidades suficientes para marcar, mas… faltou a eficácia na finalização. Duas equipas que se respeitaram mutuamente, sem quererem correr riscos, porque quer de um lado quer de outro estavam alguns dos melhores jogadores do Mundo.
Ora faço eu circulação de bola, com paciência e critério, ora fazes tu. Pelo meio algumas mudanças de velocidade e perigo, com Rafael Leão a ser um diabo à solta, Vitinha a ser o maestro do meio-campo, Bruno Fernandes e Bernardo a fazerem a bola circular com qualidade, ou Pepe, o eterno jovem, a ser Pepe e a fazer um jogo assombroso. Acabou em lágrimas, porque o sonho tinha chegado ao fim.
Theo Hernandez, de meia-distância, esbarrou na classe de Diogo Costa; Maignan faria o mesmo a remates de Bruno Fernandes, Vitinha ou Nuno Mendes, este em cima dos 120 minutos, e que levaria Portugal às meias-finais. Mas não. Apesar do domínio português se ter intensificado à medida que o cronómetro avançava, chegou-se ao desempate por grandes penalidades. Que desta vez não quiseram nada com Portugal. Todos os cinco franceses marcaram; João Félix viu o poste negar-lhe a felicidade.
Portugal regressa a casa; a França (que neste Europeu apenas tem na sua contabilidade um golo de penalti e dois auto-golos) segue em frente e vai defrontar agora a Espanha nas meias-finais.