O Mónaco é, hoje, um Jardim de campeões. Pela oitava vez na sua história, o clube ergueu bem alto o título de campeão francês, destronando os quatro anos de hegemonia do todo-poderoso Paris Saint-Germain, e, mais relevante ainda, coroando uma época absolutamente fantástica, como o comprovam a chegada às meias-finais da Liga dos Campeões, o recorde de 92 pontos em 37 disputados na Ligue 1 e os 104 golos apontados contra apenas 26 sofridos, e ainda o futebol entusiasmante, avassalador e eficaz. Dezassete anos depois da última conquista, agora com uma equipa de príncipes, entre os quais Leonardo Jardim, João Moutinho, Bernardo Silva, Fabinho e o capitão Falcao. Unique!

A uma jornada do epílogo, o Saint-Étienne acabou por ser a mais recente vítima, num jogo que estava em atraso e que, na prática, se resumia a um simples ponto para que os monegascos pudessem tocar o céu. Aconteceu aos 19 minutos, por Mbappé, que rematou para o título após uma assistência magnífica de Falcao. E pronto, mesmo com muito para jogar, estavam conquistados mais três pontos, traçando-se o destino que já se adivinhava há muito.

Com o Estádio Louis II a rebentar pelas costuras, a festa teve honras de realeza e foi vê-los a festejar exuberantemente o objectivo de uma temporada histórica. João Moutinho (que no jogo do título fez uma exibição extraordinária), Bernardo Silva (um dos melhores jogadores da Ligue 1 e que faz parte da equipa ideal do organismo francês), Fabinho (um menino que se assumiu um gigante no meio-campo), Leonardo Jardim (eleito o melhor treinador da liga francesa e o responsável por montar, com mestria e brilhantismo, todas as peças do exigente puzzle) e Falcao (que chega a esta fase da época com um total de 30 golos, 21 dos quais no campeonato que o colocam no terceiro lugar da lista dos melhores marcadores, provando este Tigre que todas as suas qualidades permanecem intactas) foram alguns dos artífices de tamanha proeza. O Mónaco é, hoje, um Jardim de campeões.